domingo, 5 de fevereiro de 2012

Notas sobre Karl Marx

Notas sobre Karl Marx

I - Prefácio

Após a conclusão do curso de economia, descobre-se que aquele que quiser conhecer um pouco sobre Marx deve caminhar por conta própria, não que seja má vontade do professorado, pois também não existe nenhum aprofundamento em Hayek, Mises ou Friedman, mas por absoluta falta de tempo. O curso regular deve caminhar pelo “caminho comum”, cabendo ao aluno fazer suas escolhas. Calma, apressado leitor, não fiz uma escolha marxista, tampouco austríaca (a escola mais liberal da economia), mas sim, escolhi conhecer o que me for possível de economia, ambos os lados, todas as escolas, todos os “modelos”, pois o que já é me dado compreender, temos coisas boas e ruins em ambos (todos).
Voltando a Marx, tentarei discutir algo do mesmo, após leitura dos “Manuscritos Econômicos Filosóficos” e do “Manifesto Comunista”, além de citações de ”O Capital” feitas por Kalecki e Rosa Luxemburgo, autores que sendo “tradutores” do pensamento marxista, sem seres dogmáticos, em muito ajudam, numa busca imparcial de conhecimento e posicionamento. O primeiro com seu viés matemático e Rosa profundamente humanista.
Espero ao fim destas primeiras notas, estar pronto para mergulhar diretamente no “O Capital”, especialmente o Livro I, publicado ainda quando Marx estava vivo.
“Neste mundo, só possuímos aquilo que podemos vender”, esta é uma frase, a meu ver, ícone não só da peça “A morte do caixeiro-viajante”, como de uma análise de Marx e do capitalismo e longe de pensar em Marx ou o comunismo como redenção, pois nestas primeiras horas de análise, onde me valem as notícias de jornais (mesmo que parciais) tanto o quanto os livros científicos, a falência tanto da ex-URSS, como do comunismo fake chinês (alguém pode me definir aquilo?) e da oprimida (tanto por dentro como por fora) Cuba, o dito de que “o capitalismo é a exploração do homem pelo homem e o comunismo é o oposto”, não me parece apenas piada de mau gosto, mas um humor negro, de penosa realidade, pois o comunismo que se apresentou ao mundo até agora, me parece divergir do comunismo sonhado por Marx e é isso que pretendo auferir.
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(Continua...)

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