O direito de sonhar, que é o pai e a mãe de todos os direitos... (Eduardo Galeano)
Ontem, zapeando (se a
palavra é esta, que palavra! Como diria Hélio Fernandes) com o controle remoto,
deparei com esta poesia em forma de luz e som: Utopia e Barbárie. Ainda há vida
na nossa televisão, além dos “plim-plim” e “quem quer dinheiro?”.
Bem, eu também quero,
mas a vida não é somente o vil metal, também, como cantaram os Titãs, “diversão e
arte”, pois não devemos “vivê-la pela metade”.
O filme é resultado de
um trabalho de quase 20 anos do cineasta Sílvio Tendler que partindo da II
Guerra Mundial, fez uma revisão nos eventos políticos e econômicos desde a
metade do século XX. O filme percorre ao todo 15 países: França, Itália,
Espanha, Canadá, EUA, Cuba, Vietnã, Israel, Palestina, Argentina, Chile,
México, Uruguai, Venezuela e Brasil. Em cada um desses lugares, Tendler
documentou os protagonistas e testemunhas da História, apresentando-os de forma
apartidária, trafegando por alguns dos episódios mais polêmicos do último
século, como as bombas de Hiroshima e Nagasaki, o Holocausto, a Revolução de
Outubro, o ano de 1968 no mundo (Brasil, França, Chile, Argentina, Uruguai,
dentre outros), e a nossa velha conhecida Operação Condor.
Enfim, descreve o
desmonte das utopias da geração sonhadora de 1968 e
analisa a criação de (possíveis?) novas utopias neste mundo globalizado.
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