sábado, 7 de fevereiro de 2015

Carta aos Investidores (Fevereiro 2015)



No lado internacional, o novo governo grego, de linha claramente à esquerda, suspendeu todas as medidas ortodoxas de recuperação econômica e a Rússia foi segmentada no nível junk – com perspectiva negativa (pela Standard & Poor’s), colocando sua dívida soberana abaixo do patamar de investiment grade após dez anos. Adicionasse a isto a queda internacional dos preços do petróleo – que responde a mais de dois terços das exportações deste país (e dependia do barril a 100 dólares) e teremos pólvora neste caldeirão. Por conta disso, a Rússia já deixou o Rublo desvalorizar quase 31% em relação ao dólar nos últimos 3 meses.

Com isso, não custa nada antever mais uma crise batendo na porta europeia.

Enquanto isso nos EUA, o PIB não está crescendo a contento e conforme previsto, mas apresentando uma expansão mais lenta do que nos últimos dois trimestres, apesar da aparente recuperação do seu mercado imobiliário, por conta da nova alta recente destes indicadores.

Na China, notícias nem sempre confiáveis por conta do domínio de informações, nos assustam com a marcação de quase 25% de seu PIB por conta do mercado acima, imobiliário, percentual maior do que o apresentado nos EUA quando do evento subprime.

Bolsa de Valores segue tanto acompanhando outros mercados emergentes, como também muito influenciada por Petrobrás, apesar de eventuais movimentos especulativos, seja com aumentos ou quedas próximas dos 10% dia. Fora os “papéis” dos bancos, não aconselhamos o “risco bolsa” e neste cenário de juros elevados, os investidores não necessitam correr risco para obter boa rentabilidade.
Por citar os juros, a “ponta longa” da curva continua com movimento ascendente, porém para os que se aventuram por conta própria no Tesouro, cuidado com o prazo, pois será que os juros se manterão em alta a partir de 2017, quando inicia mais um processo eleitoral?

Conforme posts anteriores, se faz perene a indicação no viés baixo risco, dos fundos pós-fixados, LCA (em muito pela “ainda” vantagem tributária) e também alguns Fundos de Previdência (pela inexistência do Imposto de Renda semestral, o “come-cotas”) – e como apontado desde o ano passado, Fundos Cambiais vem apresentando excelente rentabilidade, para os mais afeitos a posições de algum risco.

Nosso novo Ministro da Economia, de linha claramente ortodoxa na economia, nos dá uma aparente vantagem estratégica para alinharmos nossos portfólios de investimento, ao que conseguimos antever os movimentos do tabuleiro econômico.

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